Se a cibercultura reconfigurou o próprio
corpo humano, além da estrutura cotidiana como é sabido, através dos sistemas
digitais, informatizados e inteligentes, a arte, portanto, foi reconfigurada.
Partir-se-á aqui de inicio, da concepção de arte.
Devido às inúmeras tecnologias dos dias
contemporâneos, o fazer artístico é modificado, uma vez que as usa como parte
do processo de concepção do produto. Ademais, as próprias tecnologias também
são objetos de arte ou em alguns casos, sujeito da criação ao lado do artista.
O que é arte no início do século XX, se criada
no final do mesmo século, quando a globalização já atua e a internet começa a
ser usada mundialmente, tanto o seu processo de criação como o resultado,
teriam grandes possibilidades de serem diferentes ou impossíveis de não serem.
A arte atual é também tecnologia, tal como
a tecnologia também se transformar em arte. Isso pode ocorrer quando a
tecnologia perde, em muitos casos, seu valor mercadológico ou mesmo quando nem
este possui. É uma afirmação variante, que dependerá do olhar artístico.
Além dessas afirmações, ainda cabe a
seguinte: a arte não só é reconfigurada pela cibercultura, como usa desta para
criticar a relação homem versus tecnologia. Muitos artistas direcionam a sua
produção, como instrumento de crítica da dependência que o homem tem da
tecnologia, e principalmente, do fetichismo da tecnologia. Tem-se a impressão e
em determinados momentos a constatação, de que as tecnologias tornam-se mais
importantes para determinados grupos de pessoas, do que mesmo outras pessoas.
Elas, as tecnologias, ganham vida e saem do campo de objeto para o campo do
sujeito.
Por:Breno Árleth
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